A primeira medida tomada por Marin após o recado, endossado pelos engenheiros da Fifa, foi telefonar para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Na ligação, o socialista reafirmou o compromisso com o presidente da CBF e com o Comitê Organizador Local (COL) de seguir os prazos estabelecidos. Mostrou-se confiante na realização da Copa das Confederações no estado e convidou Marin para uma visita no estádio, agendada para 4 de abril. Na prática, o governo quer ganhar mais tempo e, também, um aliado, para que o chefe da CBF leve pessoalmente as suas impressões à Fifa. As articulações políticas acabaram ganhando o espaço da estrutura do estádio no 20º capítulo da série Diário de uma Arena.
Pressionado, o interlocutor pediu desculpas e acabou não vindo ao Recife, naquela que seria a sua primeira vistoria na Arena Pernambuco. A passagem, com uma estrututra diferencial já armada, estava marcada para o dia 12. Adiada para maio. Aquele dia, contudo, acabou sendo marcado pela renúncia de Ricardo Teixeira, que passou 23 anos à frente da CBF. Sucumbiu às denúncias Vice-presidente mais velho, Marin, de 79 anos, ganhou a cadeira de presente e já protagonizando esta polêmica.
O dirigente tornou pública a enorme pressão sobre Pernambuco em seu primeiro ato na Fifa. Sem ter como rechaçar a declaração, coube aos governistas readequarem os planos para concluir todo o planejamento da arena, hoje em 35% das obras. A expectativa é chegar a 50% em junho, prazo para a resposta final sobre a presença do estádio na Copa das Confederações. Mais do que uma questão de logística sobre a capacidade de execução da infraestrutura, o andamento da obra se tornou um objeto político. De orgulho com a presença no segundo principal torneio da Fifa a munição para adversários políticos?
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