sábado, 21 de abril de 2012

PE: quadrilha de engenheiros pode ter dado prejuízo de até R$ 20 mi


A Polícia Federal de Pernambuco cumpre, na manhã desta sexta-feira, 25 mandados de busca e apreensão no Recife e em outras cinco cidades do interior do Estado. Após três anos de investigações com ajuda da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal, a PF descobriu uma quadrilha de engenheiros que fraudava licitações para a execução de obras públicas e um prejuízo que pode chegar a mais de R$ 20 milhões.
A Operação Resgate, como foi denominada, conta com cerca de 150 policiais federais e cumpre ainda outras 14 ordens judiciais em Caruaru, Macaparana, Paudalho, São Benedito do Sul e Arcoverde, além da capital. São mandados de condução coercitiva, sequestro de Bens, afastamento de funções públicas e atividades econômicas. Entre os procurados, estão um servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e um secretário municipal.
Segundo a PF, os engenheiros representavam muitas vezes empresas de construção civil, engenharia ou até mesmo órgãos públicos. Os investigados participavam de diversas fases da execução de obras públicas de pequeno e médio porte, exercendo influência junto a órgãos como a Funasa e a Caixa Econômica Federal.
A atuação da quadrilha começava com a captação de recursos públicos e aprovação de projetos junto a órgãos federais. Quando os repasses das verbas chegavam às prefeituras, os engenheiros elaboravam os projetos, enquanto outros participavam das licitações fraudadas. Na execução das obras, eles utilizavam mão-de-obra sem pagamento de encargos sociais, além do superfaturamento nos preços de materiais empregados, entre outras irregularidades. A fiscalização das obras era realizada por membros da própria quadrilha.
O prejuízo ao erário público - somente nas obras que foram fiscalizadas pela CGU - chega a R$ 2 milhões. A PF pretende reparar o dano através de medidas cautelares a serem cumpridas na operação. Já o desfalque total aos cofres públicos provocado pela quadrilha pode ultrapassar os R$ 20 milhões.
Os integrantes da quadrilha serão indiciados, entre outros crimes, por fraude e dispensa indevida de licitação, peculato, falsificação de documento público e formação de quadrilha.
terra.com

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