Violência no futebol: os incidentes em Pernambuco

Ônibus do Sport apedrejado pela própria torcida após duelo contra o Goiás na Ilha

O último incidente de grande repercussão no Recife foi durante a disputa da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado. Na ocasião, que se desenrolou no mês de outubro, o Sport saiu de campo derrotado por 1 a 0 pelo Goiás. Após o término da partida, vândalos se acumularam próximo ao ônibus do clube rubro-negro para protestar. De repente, pedras e garrafas foram lançadas. O segurança do clube foi agredido, e o vidro do coletivo rubro-negro acabou destroçado.

Depois do incidente, que resultou no indiciamento de quatro pessoas, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) iniciou um projeto de cadastramento das torcidas organizadas. Em novembro, a informação foi publicada pelo Superesportes. De acordo com o presidente da entidade, Evandro Carvalho, a identificação começaria antes deste Estadual. Até agora, nada. Porém, desde o anúncio, alguns passos importantes já foram tomados.

O levantamento ficará sob responsabilidade da Secretaria de Esportes com um custo de R$ 700 mil. “Faltam apenas algumas questões operacionais porque o dinheiro do estado é sempre complicado. Tem que ter licitação e precisa ser assim. É importante fazer o estudo de capacidade técnica das empresas para avaliar se estão aptas a realizar o levantamento. Então, o processo demora mais um pouco”, afirma Carvalho. “A ideia nossa é que a gente possa começar ainda neste Estadual. Mas, se não der, certamente começaremos neste ano”, acrescenta.

A lista dos torcedores das organizadas locais não se limitará a dados como nome e endereço. A intenção é conservar o maior número de informações possíveis. Dados como características psicológicas e sociais serão armazenidas para criar um banco de dados completo e ajudar em pesquisas sobre o tema. “A ideia é fazer o cadastro mais amplo possível. Se na primeira fase não puder ser extenso, depois a gente pode ficar atualizando. O interessante é ter a maior quantidade de informações”, avalia o presidente da FPF.
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