O ato ocorreu no Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde Rivaldo se formou. Amigos fizeram um minuto de silêncio e depois deram um abraço simbólico do prédio. A família preferiu não participar da manifestação. Também arrecadaram assinaturas para uma carta-manifesto com denúncias sobre as condições de trabalho e o descaso das empresas de pesca e órgãos públicos em relação à pesca industrial.
O documento deve ser entregue no início da próxima semana aos ministérios públicos de Pernambuco, Federal e do Trabalho. "A gente acredita que houve negligência por parte da empresa dona do navio onde Rivaldo trabalhava. Quando houve a explosão, eles pularam direto na água, sem salva-vidas, porque eles não foram treinados para essa situação, fora que os equipamentos estavam em local impróprio. Navios que estavam próximos também omitiram socorro. Queremos que esses órgãos apurem e denunciem isso", disse Bruno Pantoja, organizador do protesto.
Bruno Pantoja alertou que, no Brasil, já existe uma política nacional voltada para a pesca, aprovada em 2008. "O problema é que ela nunca foi implementada. A lei diz, por exemplo, que existe uma linha de crédito para modernização das embarcações e que é preciso investir em segurança do trabalho. Isso poderia ter evitado o acidente. A pesca no Brasil está sucateada", criticou.
Buscas
O naufrágio aconteceu na noite do dia 3 de outubro, na divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco. A explosão de um botijão de gás causou o afundamento do barco, que tinha 16 metros. Ao explodir, a embarcação contava com nove tripulantes. Sete deles foram encontrados com vida no Litoral Sul da Paraíba. Os homens teriam percorrido quase 40 km até conseguirem chegar nas praias Bela, Tambaba e Pitimbu.
O naufrágio aconteceu na noite do dia 3 de outubro, na divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco. A explosão de um botijão de gás causou o afundamento do barco, que tinha 16 metros. Ao explodir, a embarcação contava com nove tripulantes. Sete deles foram encontrados com vida no Litoral Sul da Paraíba. Os homens teriam percorrido quase 40 km até conseguirem chegar nas praias Bela, Tambaba e Pitimbu.
As buscas por Rivaldo Soares e Flávio Patriota foram encerradas na quarta (18). O barco pesqueiro foi achado no Rio Grande do Norte, no último dia 10. O Horizonte 2 pertencia à empresa Pronaval, com sede em Pernambuco. De acordo com a Capitania dos Portos a decisão de parar o trabalho foi baseada na pequena probabilidade de sobrevivência dos dois desaparecidos. O Corpo de Bombeiros já havia encerrado as buscas há uma semana. "Infelizmente, eu já perdi a minha esperança, é muito difícil que ele tenha sobrevivido a esta altura", lamentou Bruno Pantoja.
G1 Pernambuco
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