A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) suspendeu a comercialização de 301 planos de saúde de 38 operadoras no país, a partir desta sexta-feira, pelos próximos três meses. Em São Paulo, foram atingidas 14 operadoras e 140 planos. Duas operadoras do estado tiveram a suspensão revogada.
A agência atualizou a lista que havia sido divulgada em julho. Destes planos, 221 já estavam suspensos e tiveram a pena renovada e 80 correspondem a novas punições.
A decisão foi tomada com base no aumento das reclamações dos usuários por descumprimento dos prazos máximos para marcação de consultas, exames e cirurgias. Foram 2.981 queixas entre 19 de dezembro de 2011 e 18 de março deste ano. De 19 de março a 18 de junho, o total aumentou para 4.682. De 19 de junho a 18 de setembro, as reclamações atingiram o número de 10.144.
Os beneficiários dos planos continuarão recebendo atendimento normal. “O beneficiário que está nesses planos continua a ser atendido. Essa avaliação é trimestral e em dezembro, dependendo da próxima avaliação das operadoras, outros produtos entrarão e novos poderão sair”, disse o diretor presidente da ANS, Maurício Ceschin.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os planos que serão suspensos a partir de sexta-feira atendem um total de 3,6 milhões de beneficiários (ou 7,6% do total de pessoas cobertas pelos planos em todo o Brasil). Em nota, a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) contestou os procedimentos da ANS e disse que vai discutir com as associadas quais medidas vai tomar.
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