PF em Pernambuco investiga morte em navio ocorrida em águas brasileiras

Peritos e papiloscopistas federais e policiais federais da Delegacia de Polícia Marítma estão investigando a morte do polonês Jan Sacharcuz, de 56 anos. O engenheiro marítimo foi encontrado morto dentro de sua cabineno navio Frisia Wismar. O cadáver foi localizado no domingo passado, em águas brasileiras, quando a embarcação seguia do Porto de Santos, em São Paulo, para o Porto de Suape, em Pernambuco.

Após os procedimentos de saúde pública realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de fiscalização e análise pela Capitania dos Portos, os policiais  estiveram no interior da embarcação. Com ajuda de um interprete, foi ouvido o depoimento de um dos tripulantes que, notando a ausência do engenheiro, foi até a sua cabine e, como ele não respondia ao seu chamado, comunicou ao comandante da embarcação. Ao abrir a porta com uma chave sobressalente, o comandante encontrou o corpo do polonês sem vida, em cima da cama.

O comandante da embarcação Igor Michal Gorsski e o 2º Oficial de Navegação Mariusz Gornik apresentaram a mesma versão apresentada pelo tripulante que havia encontrado o corpo. Pericias foram realizadas no local para colher indícios que possam subsidiar as investigações que estão em andamento e para que atestasse ou não a versão apresentada pela tripulação.
 

Após os términos dos trabalhos investigativos o corpo foi levado para o IML-Instituto Médico Legal para fins de feitura do Laudo Tanatoscópico para que seja indicada qual foi o verdadeiro motivo da morte do engenheiro polonês e, caso seja constatada a morte provocada por infarto ou por outro tipo de morte natural a investigação se dará por concluída. Por se tratar da morte de um polonês extremamente católico foi solicitado pelo comandante da embarcação antes de conduzir o corpo para fora do navio à presença de religiosos que fizessem a extrema unção num último ato de fé na presença de toda a tripulação, rito esse que foi respeitado pelos policiais federais.

O navio cargueiro, de bandeira liberiana, trazia 458 contêiners com diversos tipos de materiais dos portos de Buenos Aires/AR, Zarate/AR, São Francisco do Sul/SC, Santos/SP, Itaguaí/RJ, Salvador/BA.