A placa instalada na cabeceira da ponte do bairro da Torre informando que naquele local o então aluno de engenharia e presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), Cândido Pinto, sofreu um atentado que o deixou paraplégico durante o regime militar não existe mais. No local resta apenas uma base de concreto sem qualquer identificação. Em outro ponto da cidade, na Boa Vista, o ex-governador Miguel Arraes ficou preso na 2ª Companhia de Guarda, na Avenida Visconde de Suassuna. Hoje funciona uma unidade do Ministério Público Estadual, mas não há referência de que o líder socialista ficou detido junto com outros presos políticos.
A situação é preocupante. Pontos que deveriam abrigar a memória dos anos de chumbo em Pernambuco para impedir que esses “fantasmas” jamais voltem a assombrar estão simplesmente desaparecendo. No local onde as primeiras vítimas do golpe militar no estado foram executadas não há registro. O ano era 1964 e a data primeiro de abril. A cerca de quatro quarteirões de onde Arraes ficou preso, os estudantes Jonas Albuquerque (secundarista) e Ivan Aguiar (aluno de engenharia) foram executados numa das ruas mais movimentadas do centro do Recife. Eles participavam de uma passeata em solidariedade ao ex-governador.
O Diario revisitou lugares em que ocorreram fatos marcantes do regime militar. Unidades do Exército, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e vias públicas que guardam lembranças daquele período, mas que a cidade foi apagando ao longo dos anos. A reportagem preparou um mapa histórico dos locais simbólicos da ditadura, apontados por ex-presos políticos como Francisco de Assis e Carlos Alberto Soares. Leia a reportagem completa na edição do Diario de Pernambuco deste domingo.
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