Com as chuvas na última sexta-feira, a barragem de Pirapama ultrapassou 42% de sua capacidade. A barragem de Gurjau, que estava em colapso, voltou a funcionar. “Tivemos esse fato extraordinário da quinta para sexta-feira, em que choveu 50% do que chove no mês de maio. De um lado prejudica a cidade, mas de outro lado, 13 milhões de metros cúbicos de água foram para as barragens.Isso nos permite com segurança técnica antecipar algo que a gente não estava vendo ainda, que era o fim do racionamento”, afirmou Campos.
As retiradas da água de Pirapama para as estações de tratamento já estão em maiores quantidades, chegando aos 4,5 mil litros por segundo, vazão normal para a barragem. “A água foi liberada para ser tratada hoje [domingo]. Mas para ela chegar até as casas, é preciso estabilizar a pressão na rede. Tem uma série de válvulas que precisam ser ativadas. O fim do racionamento já está começando hoje, mas as pessoas só vão começar a sentir amanhã [segunda-feira] à tarde”, explica o governador. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) já está com equipe atuando junto às válvulas para que a água chegue às casas a partir do meio-dia da segunda-feira (20), mas a situação só deve ser normalizada nas horas seguintes. “Com a chuva que aconteceu na sexta-feira, conseguimos acumular água suficiente. Agora, é preciso equilibrar a pressão na rede. Temos metade das localidades com água e outra sem, é preciso liberar a água para depois fazer os ajustes necessários de pressão”, aponta o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
As partes altas do Recife e de Jaboatão contam com esquema próprio de abastecimento, lembra o presidente da Compesa. “Aos poucos, essas áreas tendem a ser integradas ao sistema, mas por enquanto elas continuam com o regime normal de rodízio”, explica Tavares.
Desde a chuva da sexta-feira, que alcançou acumulado de 140 mm cúbicos no bairro do Curado, no Recife, foram feitos estudos para garantir que é possível encerrar o racionamento. “Usamos dados do passado para estabelecer critérios de segurança, sempre procuramos trabalhar com margem de segurança. A simulação que fazemos é sempre com chuvas menores do que a média. As simulações apontam que, com 90% de garantia, teremos Pirapama em seu nível normal até agosto, e uma chance de 50% de até julho estar normalizado”, detalha o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos do estado, Almir Cirilo.
O secretário lembra ainda que as dificuldades com chuva no começo do ano estavam previstas. “Em fevereiro, nós tivemos uma queda de 70% da precipitação em relação à média histórica. Aquele foi o alerta essencial. As equipes de meteorologia já apontavam que teríamos problemas nos primeiros meses do ano. Já naquela época, esperávamos o reaquecimento do Oceano Atlântico para que as chuvas voltassem à normalidade. Isso perdurou até meados de abril”, aponta Cirilo.
A expectativa agora é de que o inverno seja normal no Litoral e na Zona da Mata dePernambuco. “A ocorrência dos períodos de chuva está se tornando mais intensa e frequente, como já era esperado. Hoje o Oceano já está com a temperatura um pouco acima da média. A Apac [Agência Pernambucana de Águas e Clima] já aponta que há uma perspectiva que os meses de maio, junho, julho e agosto aconteça na normalidade”, afirma o secretário.
A expectativa agora é de que o inverno seja normal no Litoral e na Zona da Mata dePernambuco. “A ocorrência dos períodos de chuva está se tornando mais intensa e frequente, como já era esperado. Hoje o Oceano já está com a temperatura um pouco acima da média. A Apac [Agência Pernambucana de Águas e Clima] já aponta que há uma perspectiva que os meses de maio, junho, julho e agosto aconteça na normalidade”, afirma o secretário.
O governador lembrou ainda que a previsão é de que o Agreste também tenha chuvas durante o inverno. “Não temos ainda como falar que vai ser dentro da normalidade, mas tende a ser mais perto da média. A questão é que, como tivemos dois anos de pouca chuva, os reservatórios estão muito baixos. Então, a normalidade para o resto do estado deve acontecer apenas em 2014”, acredita Eduardo.
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