quinta-feira, 13 de junho de 2013

Número de mortes por meningite triplica em Pernambuco

Nove pessoas morreram por complicações decorrentes da meningite no estado este ano. O número é o triplo de mortes registradas no mesmo período de 2012, quando três pernambucanos faleceram após serem acometidos pela doença. Em 2013, os casos foram notificados nos municípios de Abreu e LimaOlindaPaulistaRecifeJaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana; e Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. Desde o início do ano, foram contabilizados 55 casos de meningite em Pernambuco, sendo 41 confirmados.
A doença afeta a meninge, uma membrana que reveste todo o sistema nervoso central. No Recife, o Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, Zona Norte, é referência no diagnóstico e tratamento da doença, provocada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. De acordo com o médico especialista Luciano Arraes, os sintomas da meningite são uma resposta do sistema nervoso. “A doença acontece pela invasão da bactéria, vírus, fungo ou parasita dentro dessa membrana. O organismo gera uma ação inflamatória para tentar controlar a infecção. Daí surge toda a sintomatologia da doença”, explica.
Doença infecciosa, o contágio da meningite se dá pelo contato íntimo, normalmente entre pessoas que vivem na mesma casa ou têm proximidade. Gotículas também podem transmitir a doença, de forma que um espirro, vômito ou secreções respiratórias podem ser perigosas. O diagnóstico é a parte mais complicada, de acordo com o especialista, porque se confunde com diversas outras doenças.
Pacientes com meningite tanto bacteriana como viral costumam sentir febre, dor de cabeça e vômito. “Dependendo da evolução da doença, pode estar associada a uma alteração do nível de consciência, ou seja, o paciente pode ficar sonolento, confuso e até passar por crises convulsivas”, alerta. O diagnóstico é feito através de uma análise do líquido que reveste a membrana do sistema nervoso.
A meningite viral normalmente se resolve de forma espontânea e o paciente fica apto para voltar às atividades regulares em cerca de uma semana. A pessoa com meningite bacteriana, no entanto, precisa ser internada. “Precisa ficar em observação em um hospital de referência, com tratamento por antibióticos injetáveis. Não dá para ser oral”, explica Luciano Arraes.

G1

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