domingo, 24 de junho de 2012

Oito megawatts de energia renovável até 2014 em Pernambuco

Até 2014, oito megawatts (MW) de energia renovável serão instalados em Pernambuco. Os projetos, destinados a Petrolina e a Fernando de Noronha, foram anunciados nesta sexta-feira, na reitoria da Universidade Federal de Pernambuco, pelo secretário de Ciência e Tecnologia do estado, Marcelino Granja. A solenidade contou ainda com a presença do reitor Anísio Brasileiro e do professor Eduardo Serra, coordenador do projeto da heliotérmica do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) – órgão coordenado pela Eletrobrás. As novas usinam somam mais de R$ 120 milhões em investimentos. 

Em Petrolina, uma usina termosolar, que terá capacidade de gerar 1MW de energia, custará R$ 27,5 milhões. Desse volume, R$ 17,3 milhões serão aportados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – entidade ligada ao Ministério  de Ciência e Tecnologia, R$ 5 milhões pela Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Sectec), R$ 4,2 milhões pelo Cepel, além de R$ 1 milhão pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As duas últimas instituições serão responsáveis pela execução do projeto.

No mesmo terreno onde será construída a usina termosolar, que foi cedido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também será construído um parque com painéis fotovoltaicos, em uma parceria entre a Sectec, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e UFPE. O investimento desta usina é de R$ 45 milhões. 

Os dois projetos devem ser concluídos dentro de dois anos. A diferença entre as duas tecnologias é que a geração fotovoltaica transforma a luz do sol diretamente em energia. “Já a a usina heliotérmica coleta a luz em espelhos e essa luz é concentrada em uma região onde tem um líquido que ao ser aquecido, gera vapor de água e é esse vapor que gira a turbina”, descreve Fernando Machado, gerente geral de Política de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sectec.

A construção das usinas prevê um centro de pesquisa que será responsável pelo estudo das tecnologias empregadas e de novas tecnologias, além da certificação de equipamentos e formação de mão de obra. “Isso vai contribuir para a atração de novas empresas para Pernambuco, que poderão contar com pessoal qualificado local para a diversificação de nossa matriz energética”, afirma o secretário Marcelino Granja.


Fernando de Noronha - Outros cinco projetos serão implementados em Noronha, com o objetivo de diminuir a dependência  da ilha pela geração térmica a óleo combustível. Todos estarão em operação até o final de  2013. A Companhia Energética de Pernambuco já está investindo R$ 10 milhões na construção de duas usinas solares. A primeira ficará no terreno do Departamento de Proteção ao Vôo, pertencente à Aeronáutica e terá potência de 400 kilowatts (kW). A segunda, com capacidade de gerar 600 kW, será instalada nas placas de captação de água existente no bairro do Boldró, próximo à usina termoelétrica. 

Ainda serão aportados R$ 25 milhões em uma usina de geração de energia pelo movimento das ondas do mar. Outro projeto, com 300 kW, envolve o tratamento térmico do lixo, através da decomposição da queima dos resíduos sólidos para geração de gás. O objetivo é reduzir os gastos com o transporte do lixo gerado na ilha. A usina tem um custo estimado em R$ 8 milhões. 
 
O estado de Pernambuco está com uma licitação aberta para a instalação de 13 torres eólicas na ilha, totalizando uma potência de 0,5 MW e um custo de R$ 1 milhão. Haverá ainda um leilão, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para a instalação de 1 MW de potência, em fontes renováveis. “A expectativa é que ganhe algum projeto na área eólica. Neste caso, seriam três turbinas de pequeno ou médio porte”, comenta Fernando Machado.


pernambuco.com

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