A coordenadora estadual da Central de Transplante de Pernambuco, Noemy Gomes, explicou que a pele funciona como um curativo biológico, substituindo a pele retirada pela queimadura. “Ela reduz a dor, reduz a perda de líquido, que acontece por conta da queimadura e o risco de infecção”, ressaltou.
A colocação da pele acontece como um curativo, como uma bandagem. “A pele vai ser reestruturada por baixo e corpo elimina a pele que foi colocada em cima como uma forma de rejeição natural. A pele vai se soltando lentamente, de forma natural acompanhando a cicatrização”, detalhou Noemy Gomes.
Ainda não foi acertada a data certa para envio do órgão, mas tudo deverá ser feito o mais rápido possível. “O Rio Grande do Sul solicitou à Central Nacional de Transplante, que é responsável por articular toda a viagem. O tecido é levado numa caixa térmica para o aeroporto e de lá segue em um avião direto para o Rio Grande do Sul”, destacou.
A coordenadora da Central destacou que em ocasiões como essa é possível ver a importância da doação do órgão. Ele ressaltou que é grande a rejeição das famílias em aceitar doação da pele. Ela explicou que muitas famílias tem medo de que a doação desfigure o corpo da pessoa. “A pele só pode ser retirada após uma parada cardíaca ou em situação de morte cerebral. Existe um medo por parte da família, mas é retirada uma camada muito fina com um aparelho que retira a camada mais superficial da pele. O local fica com uma coloração esbranquiçada. Ainda sim, a pele só é retirada de locais que não ficam expostos. Nas mulheres nas costas, nas nádegas, face posterior da coxa. Já nos homens, só acrescenta-se a parte posterior da perna”, esclareceu Noemy Gomes.

Nenhum comentário:
Postar um comentário