quinta-feira, 17 de maio de 2012

Equipe da UPE desenvolve robôs voadores para monitoramento

Equipe da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco está trabalhando no projeto de um enxame de robôs voadores que serão utilizados para monitoramento. Imagem: Ricardo Fernandes/DP/D.A PressVinte alunos e sete professores da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco estão mobilizados no desenvolvimento de um sistema de monitoramento por câmeras controladas por drones (robôs voadores). O projeto completa um ano neste mês e deve ser finalizado em 18 meses. A ideia do grupo - formado em sua maioria por docentes e alunos da graduação e do mestrado em engenharia da computação - é que as máquinas funcionem como um enxame, com inteligência artificial e capacidade de reconhecimento de alvos. Enquanto vai aperfeiçoando as tecnologias necessárias, a equipe está usando um protótipo chamado de quadricóptero, com menos robustez, mas adequado para a realização de alguns experimentos.
De acordo com o professor Carmelo Bastos, o enxame de robôs poderá desenvolver tarefas complexas, como vigiar a fronteira de um país ou - em um contexto mais local - auxiliar na segurança de grandes eventos, como o Galo da Madrugada. Os aparelhos funcionam como aeromodelos. A diferença é que serão dotados de micro-câmeras, sensores de proximidade e possuirão comunicação entre si através de ondas de rádio. “Após vários estudos, conseguimos desenvolver um programa capaz de simular os movimentos dos alvos e drones”, explica.
A aparência similar a de um brinquedo infantil engana. Dentro do quadricóptero estão algoritmos complexos: números e fórmulas matemáticas contruídas a partir do zero pelo grupo. Através de técnicas avançadas, o dispositivo integra um sistema anticolisão e também consegue corrigir a rota em caso de desvios provocados por chuva ou ventos. “Escolhemos a plataforma de um drone porque é legal e divertido fazer qualquer coisa voar. Apesar de termos aplicações práticas para comercialização, o mais importante é aprimorar essas tecnologias, que podem ser levadas para outras máquinas. O grande trunfo é fazer com que robôs interajam entre si possam tomar decisões inteligentes sem que uma pessoa precise acioná-los o tempo todo”, observa o professor Marcilio Feitosa, coordenador da graduação em engenharia eletrônica.
Atualmente, o quadricóptero consegue voar por alguns metros em ambientes externos, mas não possui muita estabilidade. “Queremos que ao final do projeto os robôs possam voar a centenas de metros. As câmeras vão fazer reconhecimento de imagem e podem ser ajustadas para perceber objetos ou pessoas”, enfatiza o professor Bruno Fernandes. Por enquanto, o quadricóptero tem menos de 500 gramas, mas a versão definitiva certamente será mais pesada. Os modelos comerciais mais caros deste tipo de robô são vendidos a US$ 1.500 nos EUA. Como se trata de um enxame de robôs, a equipe trabalha para diminuir os custos e tornar os preços atrativos e viáveis ao mercado.
Por Thiago Neres, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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